Saudades de Abril de 1994 em Curitiba
Curitiba, Abril de 1994.
Há exactos 16 anos atrás... no 301º Aniversário da Fundação de Curitiba/Pr, no mesmo Março que se comemora esta data, eu chegava para aqueles que seriam os 5 meses mais intensos vividos na minha então adolescência... Num ritmo frenético, entre o trabalho na Livraria Ghigñone (aquela do Espelho na Porta de acesso da Rua XV), as aulas-livres na UFPR (Ciências Sociais) e mais um milhão de pequenas e tão importantes atividades, foi aí, nesta tal Curitiba, em minha terceira passagem por lá, que comecei a tomar as rédeas da minha vida... aí surgia o Velho de Barbas Azuis, o 'gnomo', o novo velho Joubert.
Política (como esquecer aqueles momentos onde a militância estudantil do PT já demonstrava a podridão e a sujeira, o aparato-institucionalizado da corrupção em absurda 'boa-fé' - e que eu tanto combati no Partido dos Trabalhadores que não me restou outra alternativa, senão a desfiliação... ?), Arte (como esquecer o 'boom' de renovação, de novos ventos e holofotes nacionais na Capital paranista, com a consolidação do Teatro Guaíra, da Pedreira, da Ópera de Arame, do Festival de Teatro, do Palácio Avenida enfeitado com as crianças no Natal, com a Feira do Largo da Ordem, a Revitalização do Centro Histórico...?), Espiritualidade (abertura de casas espíritas, a Faculdade Espírita do Paraná, o 'boom' da redescoberta por nós, ocidentais, da 'cromoterapia', 'biodança', 'yoga', 'do in', 'pintura mediúnica', 'alimentação natural e vegetariana', da Projeciologia de Waldo Vieira, entre outras tantas novidades... como as noitadas a base de maconha, cerveja, vinho, wisky...?) e claro, a companhia de mulheres (sempre mulheres) maravilhosas como Adri, Gi, Andrea, Lolô - Heloísa, um seleto grupo de espíritos comprometidos até a alma, em se amar, se ajudar, cada um despertando no outro talentos e tesouros desconhecidos... amor platônico por ariádnes invisíveis, amor-não notado e despercebido da/pela caçula do grupo, amor de irmãos que nunca se vêem mas que quando o fazem é como se nunca estiveram separados pela linda recém-conhecida até então, amor de todas as formas pelo 'ratinho mais simpático do mundo'... amor e bota amor nisso...
E o mais tolo amor pela mãe da Jéssica, então com 4 anos...
Pois é... por alguma razão, a saudade apertou nestes dias...
Muitas de vocês não tenho tido contato, mas com certeza, se lembrarão daquela (daquelas?) noite (s) no Barigui... rs rs Coisa de louco! LSD? Haxixe? Nem. O Santo Daime também era desconhecido. Internet não existia. Coisa do além...
Meninas, vamos sim relembrar ipsis literis e, ao vivo e a cores, esses momentos uma vez mais.
Talvez não neste Planeta que já foi azul. Com certeza num universo infinito que reproduza as nossas gargalhadas e a cara nossa de felicidade daqueles meses do ano de 1994,
Você caçula, fica bem. Conforta seu coração. Fizemos nossas escolhas algum tempo atrás. E não podemos voltar no tempo. Mas podemos redirecionar a rota de nossas vidas a qualquer momento. Os filhos são bênçãos do Pai para mutuamente evoluir juntos. Jamais censurarão os desejos do seu coração. Conforte-se. Tens a partir de já para mudar a cara dos próximos 16 anos. E olhar no futuro para atrás e ver com estes mesmos olhos meus, o quão lindo é o nosso caminhar por este mundo tão cheio de beleza e mistérios, apesar de tudo. Boa sorte! Estou contigo!
Gostaria de abraçar todas. Saudades! Um beijo e até a próxima...
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