“11ª à Ma chérie”
(Alphaville, S.Paulo, 19/06/10)
Você também é ‘pin up’ (em todas suas acepções)!
Pinta a arte, desenha alma,
Ilustra o papel, dá cor, forma e vida
A um cartão branco-quase-vazio.
Te vejo como uma fotografia em preto e branco
Com os lábios, a bolsa e os sapatos em vermelho.
Não fala francês – ainda!
Mas se o fizesse seria à sua maneira:
Elegante, discreto como a sussurrar...
Charme total! Pin up!
E é fatal no vestir, no andar
E nesta forma única de nos encarar...
Vejo-te com lenços e luvas,
O chapéu e os óculos que te marcam
E fixam tua imagem em nossos olhares...
Em pleno inverno faz-nos chegar o verão,
Porque todos os teus passos são pueris,
Como uma tarde primaveril no Quartier Latin...
Ouço “La bélle de jour’ e logo Alceu Valença
Dá vez à Vivaldi e suas ‘quatro estações’,
Por alguns segundos, distancia-te de mim...
É que plano, elevo-me aos céus só de observar
Esta sutil forma de segurares este lápis, caneta
ou pincel com esta delicada mão esquerda....
‘Pin up’. Nos desenhos, nas sensuais e sutis fotografias,
Nesta forma de movimentares boca e nariz ao
Revelar seu sorrir,
Es full pin up!
Menina de dia, a mulher sensual de noite,
Quem sabe, se moleca entre 4 paredes...?
Tímida, família e dedicada
Ou a um só tempo, fatal, do mundo e
Descompromissada com o rol de rótulos e versos grises,
Encanta-nos com este teu ‘pin upiano’ jeito de ser...
Nem precisa dizer nada!
Basta olhar e sorrir para tudo revelares.
Nem parece,
Mas não faz mais que algumas luas que
Nos conhecemos.
E no entanto...
Tão vivas aqui estás!
Um golpe de sorte do Destino,
Possível apenas porque nos revelamos
Desde o primeiro momento, um ao outro.
Te observei as unhas vermelhas, o tênis ‘all star’’,
A boca, o rosto, a cara cheia de esperança...
Desconfiada sim!
E tão receptiva...
Nem tu nem eu imaginávamos
Que uma simples viagem de ônibus pudesse ser fruto
Dos sinceros desejos e planejamento do Mais Alto...
E hoje, aqui estamos... ‘pin upers’ total...
Que estas sejam as boas vindas minhas
A estender os meus braços (caminhos) a compartilhar
O que estiver ao meu alcance, ma chérie.
Sim?
Que as próximas luas te aclarem os sentidos
E caminhos com a mesma intensidade
Com que reflito este bem estar, esta paz,
Este instante de aprendizado.
Estarei aqui e ali, por aqui, no ‘ar’...
1 Comentários:
confesso, ainda estou sem palavras.
fiquei tímida. haha.
e tudo que mais odeio é ficar sem palavras...
eu sinto boas vibrações desse acaso que nos acertou em cheio! pelos caminhos tortos, misteriosos ou outros mais caminhos, estaremos ligados de alguma forma.
no mais, só tenho agradecer, desde a primeira palavra até aqui.
obrigada.
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial