11luas

Espaço de interação sobre o Belo e o Sublime, aventuras, arte, poesia, romance e espiritualidade. Tudo é bem vindo desde que seja para compartilhar a beleza e o 'algo mais' do existir.

sexta-feira, julho 30, 2010

Voar Voar Voar




Ma Chérie,

vamos voar?

De verdade?!

Mas para isso temos de vencer obstáculos.

Físicos literalmente.

A resistência do ar e a das pessoas à nossa volta.

Os nossos temores e pre)conceitos

também são muralhas...

Uma vez lá no alto, só nos resta

respirar fundo e saltar...

Voar.

Rumo ao infinito.

Ao interior de nós mesmos.

Ao encontro da Luz e da Paz.

Te estendo a mão...

vens comigo?

domingo, julho 25, 2010

"A little letter to you: LM"

Dear Lana,
Bem, a vida dá as oportunidades.
Através do nosso 'Livre arbítrio, podemos agarrá-las ou deixá-las passar...
Muitas vezes nem sabemos que são as 'grandes oportunidades'...
Temos que usar nosso sexto sentido, estar abertos e receptivos às coisas novas...
Será que estamos?
Será que queremos algo novo, transcendental, diferente para nossas vidas?
Ou viveremos seguros e quietos, resignados e acomodados no 'status quo'
de nossas vidas e iniciativas?
Émais fácil, não?!

Lana, é meio metafísico e chatérrimo talvez pra você esse papo...
Desculpa, ok?
Mas é que te vejo com um potencial imenso,
na idade, no momento certo de alçar novos vôos na tua vida!
Procure pensar, projetar seu amanhã...
Ousar, rever, refazer, reescrever, ou aprimorar,
retocar, dar uma melhorada...
sempre há algo mas por se fazer...

A vida está sorrindo sempre para ti, observe.
Sinta-a. Ouça-a. Respire-a.

Talvez seja o momento de recolher-se um pouco,
ir a uma praia, um parque, um bosque, uma montanha,
andar sozinha pelas ruas...

Ouça a voz da Natureza. Sinta teu 'eu' interior manifestar-se...
Perceba Deus aí presente.
Todo o tempo Ele está presente, é verdade.
Mas se isole alguns minutos, horas ou dias para ter uma idéia
dos novos desígnios que Ele te oferece.

As oportunidades estão aí e outras chegarão, se estiveres receptiva.
Não tenha medo da escolha. Entre no aparentemente escuro túnel.
No final há uma saída. Maravilhosa.

E você poderá olhar para trás feliz e satisfeita de ter seguido adiante.

Nunca estarás só. Novos amigos, parceiros, os velhos e bons de sempre,
a família, os companheiros e de repente, novas e especiais pessoas,
todas estarão vibrando contigo. Nada temas.

Olha, mesmo que nos separemos assim, meio abruptamente,
por um certo tempo é verdade, fica aqui meu agradecimento à pessoa
maravilhosa que sei que es (e continuarás sendo) e tudo o que te peço é:

"!Vuele! Sigue tus caminos y desafíos...
Una sorpresa muy agradable te espera al final de este pasillo..."

Un beso, un abrazo y !hasta pronto!

quarta-feira, julho 21, 2010

Passo aperto o passo

Mon Dieu!

Epa. Epa, epa.
Alguma coisa saiu fora do script.
Quem é Você? Não! Não acredito!
Mas... e aquela menina, onde está?
Não... deixa-me ver... Céus?!
Vvo-ccê é-é-é a C..... ??????????

Passo, aperto o passo, caminho rápido, não corro.
Um corredor, paredes próximas me intimidando,
vôo. Ao seu encontro.

No fim do túnel há uma luz.
Há uma brisa.
E uma paisagem estonteantemente verde
a sinalizar-me: ¡bienvenido!

Tive medo. Medo adolescente.
De ser mal-visto, mal-interpretado.
Quiçá, no fundo, bem ao contrário.
Medo de ser querido, amado.
Como adolescente, corri.
Beijei faces, bocas, pés
de meninas e mulheres
que mal lembro o nome.
Tudo para sufocar esse sentimento...

Refaço essas reflexões enquanto volto.
Dou marcha ré. Recuo.
A amizade e o amor sincero
as vezes num piscar, se misturam.
Se mezclan.
Tênue é esta linha entre uma e outra.

Tenho tudo e nada.
Todas e ninguém.
Amigos de um dia,
parceiros de toda uma vida.
Mas algo me leva,
de tempos em tempos
a... deixá-los e deixá-las...
Mesmo amando-os e querendo-as.
Instante-momentos e mulheres-experiências.

Minha vida não seria minha vida
sem esses ciclos e sm essas ondas.
Fiz certo de deixá-la?
Avisto um túnel ao final da estrada.
Não vou olha para trás.
Encaro-o.

A deixei ali,
em Santana do Parnaíba.
Intuí que era o melhor que podia fazer.
O Tempo a forjará.
Ali estou seguro que numa tarde de inverno,
não se despegará como a folha deum arbusto no
meio de um vendaval.

O Destino, meu amigo de todas as horas,
me enviou um Tesouro num dia qualquer destes últimos.
Chuva e sem Valentina.
Tão valioso o Tesouro
que minhas mãos se queimavam e tive medo, um instintivo
medo de deixá-lo num lugar qualquer.
O chamei de 'minha querida', porque,
sendo o Destino, meu amigo, só me conectaria com uma
amiga, menina, mulher, companheira...

sábado, julho 10, 2010

COEUR DE PIRATE ft Julien DORE - Umbrella.mp4

Lolô, Penélope, Wendy

definitivamente,

descobri neste entardecer aqui em BC

a razão de minha vinda, de meu retorno,

à cidade em cujas lágrimas de tristeza e dor

tanto me banhei;

a mesma cidade que por mais paradoxal que seja,

tantas alegrias e conquistas me ofereceu...

primeiro beijo, primeiro trabalho

primeira filiação política,

primeiro porre,

primeiras aulas como professor,

primeiras aventuras e quase-mortes,

primeira noite de amor feita nas frias areias da Barra Sul numa

estrelada noite do inverno de 1988,

primeiro tombo de moto,

primeira dor de cotovelo,

primeiros versos,

primeira poesia, primeiros sonhos,

primeira morte,

primeira estrela cadente avistada,

primeiro planeta observado,

enfim

primeiros e primeiras de um quase infinito

de experiências compartilhadas.

E hoje, entre lágrimas de saudade e de Amor,

cá entendo:

quero que meu AMOR beije toda a areia-mulher possível,

pelo infinito dos anos e dias e horas,

tal qual as ondas despejam com fúria ou delicadeza,

todos os dias e horas suas espumas...

Ignorado sei que não o sou ou serei,

amado como já o fui, não pretendo voltar a ser,

mas doando meu melhor a cada dia,

é como se joubert (espuma) e você (areia)

mesmo sem o toque dos feitos a barro,

se amam e completam e tornam unos,

assim como duas vezes ao dia areia e espumas sao um só ser.

Mas outros precisam de ti e de mim.

E voltarei aos meus dias em SP,

e tu aos teus dias,

entre saudade, sonho

e a realidade:

precisamos um do outro.

Do melhor Joubert.

da melhor Heloísa.

Mesmo distantes estaremos juntos.

Não chores ou te culpes.

Cada vez que choras apagas uma estrela no meu céu.

Lembre-se: sou um marujo! Preciso delas.

Cada vez que sorris, me acende uma lua na noite escura do léu.

Eu volto.

E voltarei uma e mais vezes.

Até um dia nunca mais deixar:

BC.

A memória dos meus pais.

Você...

domingo, julho 04, 2010

Novos Vôos do Velho de Barbas Azuis

“Novos Vôos do Velho de Barbas Azuis – Ep. I”

Era o final de 2004. Ali em Samos, Concello de Sarria, Provincia de Lugo, Región Autónoma de Galicia, Reino de Espanha: eu, Baiser, Kiss, Beso, Phoenix e Osborne decretávamos o fim da temporada européia de O Velho de Barbas Azuis e seus companheiros.

Aos novos leitores um lembrete: Baiser, Kiss e Beso são os três peixes-alados do Capitão – este tal Velho de Barbas Azuis. Phoenix é a lagartixa esotérica que os acompanha; espécie de ouvinte, confidente, assessora, bruxa e tudo o mais. Baiser é o peixe-alado, pintor renascentista, ligeiramente desmiolado por um estúpido acidente cerebral (Ver Episódios do livro anterior). Kiss é o peixe-alado inglês, devorador de livros, filósofo e sociólogo nas horas vagas. E Beso é o Don Juan dos mares e oceanos. Um peixe-alado charmoso, bebum, romântico e libertino. E os acompanha, recém chegado ao Grupo, o Gato Osborne, alcunha Salvador Dalí, fã do Ozzy, babão, sonolento, mimado e cheio de pirações. Juntos estes seres acabam por abandonar a Península Ibérica e cá os encontramos 12 meses depois:

Na parte ocidental e sul do Oceanus Morbidus, na Terra Brasilis, a poucas milhas da Osasco de Ternura – a mítica ex-amante do Capitão e responsável por estes relatos. À ela, à Mah, mulheres todas de minha vida dedico estes novos episódios.

Em um ano muito aconteceu. Foi difícil a ruptura com o Cappo e a Cappa, e todas as pessoas e criaturas do Grupo Alternativa, o oásis-marinho na Terra de Camões. Intensos e benignos dias vivemos em Guimarães, Vila do Conde e Famalicão. Não houve tempo para despedidas. Nem da Grande Chefa Abóbora e sua família, nem de Arlete, Sílvia ex-Meimei, Cris da Póvoa de Lanhoso, Arminda, Mª João e outras mulheres do Capitão...todas ficaram para trás. Melhor assim. Sem despedidas e lágrimas. De crocodilo...Rs Rs Rs

Aportar a nau na S. Paulo de 2005, de meus irmãos, sobrinhos, cunhados e pai, de amigos mil, de pessoas como Má, Mah e Marias tantas não foi fácil! Oito meses se passaram e vos confesso: não compreendo esta cultura.

Os seres são ignorantes, frios, individualistas quando mais precisamos deles. E surpreendentemente simpáticos, solidários, gentis quando menos se espera... Vai entender! Ó raça de seres! O Kiss, nosso cientista-social, é que está adorando. O brasileiro é um prato cheio pros seus estudos.

Por sua vez, Baiser está adorando e curtindo muito os museus, as exposições, os espetáculos que só uma cidade como S. Paulo pode oferecer. E já tenciona expor suas pinturas nalguma que outra galeria ou praça.

E Beso? Nosso “espanhol” está derretendo corações com o seu charme latino. Mas sinto ressaltar que está virando um “galinha”. Fica com todo rabo de Arraia que surge e foge tal qual sabonete de um compromisso mais sério. Sinceramente! (Mas orgulho-me dele! Psiu! Que os demais não me leiam isso...)

Phoenix e Osborne estão “pisando em ovos”. É a primeira vez que vêm a S. Paulo e se assustam com a quantidade de gentes, máquinas, seres e com este calor medonho. E por falar em fauna e flora...

Apresento-lhes a Fada Gambero. É a flor mais bela do Reino dos Camarões, crustáceos e similares. É linda, mas só agora vos apresento por que é um pouco tímida...

A Fada Gambero é amiga de muitos anos do Capitão. Foi testemunha das primeiras viagens deste Velho de azuis barbas. Sabe de tudo que se passa com ele e só não lhe é mais que amiga, por que Camarões e marujos não se bicam muito... Rs rs rs. Apesar de ser um camarão-fêmea é até bem limpinha... Rs rs rs. Inclusive tá a gerar já uma prole de camarõezinhos. Assim o Capitão pode ficar sossegado. É improvável que a Fada Gambero acompanhe os 104 anos que o Velho viverá. E sem dúvida: seus herdeiros a substituirão na vida dele. Herdeiraaas, fêmeaaas, mulheeeres de preferência!

Translúcida, rósea e risonha como todos os camarões, a Fada Gambero é um oásis de alegria pro Capitão e seus companheiros. Juntos rimos muito. Aliás, a risada estridente e heloística da Fada Gambero é conhecida oceanos e mares adentro. Alerto-vos apenas para uma coisa: tenham cuidado! Apesar da aparência ingênua e doce, de varinha de condão e tudo da Fada. Pois ela ainda é um camarão! E quando menos se espera, exala aquele cheiro terrível e fétido, típico dos gamberos, crustáceos e similares...

E não é que a Fada Gambero já está trabalhando pro Capitão?! Pois é! Foi a responsável por apresentar-lhe a Pati Baby, a linda mãe da não menos bela Duda. Seres estes que por ora o Capitão só conhece por internet e pensamentos. Oxalá a Pati Baby – ou simplesmente Bebé pro velhinho aqui – venha a se tornar uma sincera amiga desta “família fantástica” ! Afinal, avisem aos quatro ventos, a Netuno, Mercúrio e companhia: carecemos de novos e sinceros companheiros de viagem!

O Capitão está a dar aulas de Espanhol pras raras espécies que habitam S. Paulo. Mas já se afiguram novos planos. Dificilmente novembro de 2006 os encontrareis aqui. Aquela coceirinha no nariz do Velho já começa a atiçar-lhe novas sensações de mudança. Quem sabe a Fada Gambero não ilumina o Caminho e os oceanos do Capitão...?

Afinal, por ora ainda não se convenceu de que voltar ao Brasil com seus companheiros tenha sido boa idéia. Mas seguiu o seu coração muito mais que os conselhos, I Chings, Tarots, de Phoenix ou as Estrelas e cometas do Céu. O futuro nos dirá.

Voltamos num instante.

Três smacks de Baiser, Kiss e Beso.

O Capitão

Osasco, 15/11/05

sábado, julho 03, 2010

Ma Chérie N.

Cherie,

tudo bem mesmo?

Você ficou muito séria, de repente.

Talvez seja impressão minha.

Se eu falei, escrevi ou me comportei de um modo menos elegante contigo, me desculpe.

As vezes sou pin up demais, sincero demais, pra não dizer arrogante e imodesto

(algumas pessoas invejosas tentam me ofender assim).

Quero que saibas que ACREDITAMOS em ti.

ACREDITAMOS (com nós) porque não é apenas a Wizard. Mas amigos, namorado, família e muitos

outros seres que você não vê ou enxerga, mas que estão ao seu lado sempre, todos os dias e horas.

De repente eles se materializam e te surpreendem.

Lá em 1988 (você nem tinha nascido, penso) eu escrevi:


"Estrela Cadente"

As vezes miro-me sozinho no espaço infinito
e acho que sou uma Estrela Cadente.
Vivo silencioso no meio da noite,
Vivo sozinho no meio de muitos,
e as vezes, nem sei se ainda vivo.

Mas de repente, tal qual uma Estrela Cadente
eu risco o caminho de muitos,
e sem pedir licença, volto a viver.
Eu acho que sou uma Estrela Cadente.

Mas tão rápido quanto eu vim,
eu vou.
E sem dizer adeus,
volto a ser o que era antes:
uma Estrela Cadente.

Então, se eu partir assim, no meio da névoa, como a
desta manhã linda que encobria estrada entre Alphaville
e Santana do Parnaíba hoje cedo,
guarde o que de melhor luzi,
ou corrigindo, reluzi, refleti.
Afinal estrelas refletem a luz do Sol que as anima.
Logo, reflitoessa chama de Luz, calor, amor, paixão
que envolve todos osseres humanos.

Do sorriso da Fabiana (a copeira da Wizard Santana)
à alegria de um aluno recém promovido no vestibular;
desde um 'bom dia' roubado de um resmunguento velhote
até ao 'Au revoir Mon ami' de uma jovem recém conhecida;

tudo e todos. Todos e tudos.
Deles e disso faço a razão de e por existir.

Obrigado. E até breve.

Viva, viva e viva cada dia com plenitude de amor, corage, confiança
e não poupe esforços para com textos, palavras, versos, pinturas, esculturas,
teatro, cinema, fotografia, seja lá o que for mais expressivo para ti,
contar ao mundo quem tu realmente eres.

Afinal, nem ouro, nem o pó dos teus sapatos, nem a blusa mais querida,
nem o mimo mais bem guardado seguirão contigo nas muitas viagens
pelo existir que farás...
MAS OS TEUS EXEMPLOS...
Ah! Estes nuncase apagarão...

Pense nisso e um ótimo fim de semana!

Little Bi Little C

Professora!

Em Quitaúna, em São Roque,
nalgum lugar do Ocidente e do Oriente,
a luz da tarde os encontra...
alunos e professores...

Nos versos meus que não escrevi,
não li, não revelei,
pequenas e grandes idéias
no meio deles tive...

Little Bi,
Little Bi,
Little Bi,

Te revelo a essência de meu ser...

Quero te ver aqui, perto de casa,
sem mistérios,
sem escudos
ou disfarces...

Venha Little Bi, Little Cris,
Little Di ou Little Fire

aqueça meu dia, minha tarde, meu anoitecer.

Respire o ar da madrugada junto a mim.

Sorva o chá, o café, o vinho, o mate
que acalenta minha garganta,
e se prepare para os próximos dias...

Nalguma sala de aula, pátio ou jardim
entre rostos inocentes a acompanhá-la
um pouco de mim para você te revelo.

Sem rodeios, medos ou encucações.

Que não outro mistério que não o do existir.

Beijos.